GLOSSÁRIO: S
Saco aéreo: Ver Ave.
Saco embrionário: Estrutura que preenche o óvulo das angiospermas e corresponde ao gametófito feminino (megaprótalo). Compõe-se de apenas oito células haplóides (antípodas, células ou núcleos polares, sinérgides e oosfera).
Saco visceral: Ver Mollusca.
Saco vitelínico: Anexo embrionário presente em peixes, répteis, aves e mamíferos que consiste em uma bolsa membranosa cheia de vitelo, ligada à região ventral do embrião. Sua função é a nutrição. Nos mamíferos placentários o saco vitelínico é muito reduzido, e a nutrição está a cargo da placenta.
Sal biliar: Ver Bile.
Sal mineral: Substância inorgânica formada por partículas eletricamente carregadas, os íons, necessários ao funcionamento das células. Um exemplo de sal mineral é o sal de cozinha (cloreto de sódio).
Saliva: Fluido produzido pelas glândulas salivares cuja função é umedecer e iniciar o processo de digestão dos alimentos. A saliva humana contém, além de água e de muco lubrificante, a enzima amilase salivar (ptialina), que digere o amido.
Sangue: Fluido que circula (em cavidades ou vasos sangüíneos) pelo corpo dos animais, impulsionado pelo coração
Sarcodíneo: (filo Sarcodina) Classe de protozoários cujos representantes se locomovem por meio de pseudópodos. Ex.: ameba.
Sarcômero: Cada uma das unidades que se dispõem repetidamente ao longo das miofibrilas da fibra muscular esquelética, constituída por filamentos altamente organizados das proteínas actina e miosina. O deslizamento dos filamentos de actina sobre os de miosina causa o encurtamento do sarcômero (contração muscular).
Secreção celular: Eliminação de substâncias úteis por certos tipos de célula. A estrutura citoplasmática responsável pela secreção celular é o aparelho de Golgi.
Secretina: Hormônio liberado pelo duodeno. Estimula o pâncreas a liberar secreção rica em bicarbonato de sódio.
Segmentação: Ver Clivagem.
Segregação dos alelos: Separação dos alelos de cada gene que ocorre com a separação dos cromossomos homólogos durante a meiose.
Segregação independente: (dos alelos de dois genes) Nome dado ao fenômeno da separação independente dos alelos de um par de cromossomos homólogos, isto é, sem que a separação dos alelos de um par de homólogos interfira na separação dos alelos de um outro par de homólogos.
Seiva bruta: Solução de água e nutrientes inorgânicos (sais minerais), absorvida pelas raízes e transportada até as folhas através dos vasos do xilema.
Seiva elaborada: Solução de água e substâncias orgânicas, principalmente glicose, transportada através dos vasos do floema.
Seleção direcional: Ver Seleção natural.
Seleção estabilizada: Ver Seleção natural.
Seleção natural: Conceito desenvolvido por Charles Darwin para explicar a evolução biológica, segundo o qual nem todos os indivíduos de uma população têm a mesma chance de sobreviver e de se reproduzir: levam vantagens os mais bem adaptados ao ambiente. É um dos pontos principais da teoria evolucionista.
Seleção sexual: Ver Seleção natural.
Semente: Estrutura reprodutiva presente em plantas fanerógamas (espermatófitas). Desenvolve-se a partir do óvulo fecundado e contém um embrião em repouso e reservas de alimento (endosperma).
Ser autotrófico: Ver autotrófico.
Ser heterotrófico: Ver heterotrófico.
Sexo heterogamético: O sexo dos indivíduos que produzem dois tipos de gametas em relação ao cromossomo sexual. Nos sistemas XY e X0 de determinação do sexo, o sexo heterogamético é o masculino
Sexo homogamético: O sexo dos indivíduos que produzem gametas portadores de um único tipo de cromossomo sexual. Nos sistemas XY e X0 de determinação do sexo, o sexo homogamético é o feminino
Simbiose: Termo que significa coexistir, conviver. Designa qualquer tipo de relação ecológica entre espécies de seres vivos.
Simetria: Característica de seres vivos ou objetos originarem metades equivalentes (simétricas) quando divididos, real ou imaginariamente, por um plano central. A simetria pode ser bilateral (há um único plano de simetria) ou radial (dois ou mais planos de simetria).
Sinapse nervosa: Espaço entre a extremidade axônica do neurônio e a superfície da célula vizinha onde atuam os neurotransmissores da propagação do impulso nervoso. 331, 332i, 378i.
Sistema: (de órgãos) Conjunto de órgãos de organismos multicelulares que atuam de forma coordenada para desempenhar determinadas funções vitais. O sistema digestivo, por exemplo, é formado por órgãos como a boca, o esôfago, o estômago, o intestino etc.
Sistema ABO: Ver Grupo sangüíneo do sistema AB0.
Sistema ambulacral: (ou hidrovascular) Sistema de canais, ampolas e vesículas musculares que contêm água do mar, presente nos equinodermos. Sua função é acionar os pés ambulacrais, que permitem a locomoção e a captura de alimento.
Sistema branquial: Ver Respiração.
Sistema circulatório: É o conjunto de tecidos e órgãos responsáveis pela circulação do sangue ou hemolinfa pelo corpo de certos animais. Além do sangue é composto pelo coração e vasos sangüíneos. Em anelídeos e cordados, os vasos são contínuos e o sangue circula sempre em circuito fechado. Em muitos moluscos e nos artrópodes os vasos do aparelho circulatório têm extremidades abertas e o fluido sai para cavidades corporais. É o sistema aberto. Está presente em todos os animais que possuem tecidos diferenciados (diblásticos e triblásticos).
Sistema digestivo: (ou sistema digestório) Trata-se de um longo canal (tubo digestivo) que vai da boca ao ânus. Em seu trajeto os alimentos são digeridos e absorvidos. Com exceção dos poríferos, está presente em todos os demais filos animais.
Sistema endócrino: (hormonal) Conjunto de glândulas endócrinas.
Sistema esquelético: Conjunto de estruturas rígidas, que dão sustentação ao corpo do animal (esqueleto). Na maioria dos vertebrados, o esqueleto é formado pelos ossos.
Sistema excretor: Conjunto de células e/ou órgãos especializados na remoção de resíduos nitrogenados tóxicos do corpo do animal. Nos vertebrados, o órgão excretor é o rim.
Sistema imunitário: Conjunto de células, tecidos e órgãos implicados na defesa do organismo contra agentes estranhos potencialmente perigosos. As principais células de defesa do sistema imunitário dos vertebrados são os macrófagos e os linfócitos. Os órgãos linfáticos primários são a medula óssea (onde são produzidos e amadurecem os linfócitos B) e o timo (onde amadurecem os linfócitos T, produzidos na medula). Órgãos imunitários secundários são os nódulos linfáticos, as adenóides, as amígdalas, o apêndice cecal e o baço.
Sistema linfático: Conjunto de vasos ramificados, de estrutura semelhante à das veias, que terminam em capilares de fundo cego e espalhados entre os tecidos. Sua função é drenar o excesso de líquido que se acumula nos tecidos (líquido tissular), reconduzindo-o à circulação. Em certos vasos há nódulos linfáticos, que filtram a linfa, dela removendo agentes estranhos ao organismo.
Sistema muscular: Conjunto de tecidos ou órgãos capazes de se contrair, presente nos animais e responsável pela movimentação do corpo e dos órgãos internos. Nos vertebrados, há três tipos de musculatura: lisa, estriada esquelética e estriada cardíaca.
Sistema nervoso: Conjunto de células nervosas organizadas em tecidos e em órgãos cuja função é coordenar as ações de um animal. Nos vertebrados, divide-se em sistema nervoso central (SNC, constituído pelo encéfalo e pela medula espinhal) e sistema nervoso periférico (SNP, constituído por nervos e gânglios nervosos).
Sistema nervoso central: (SNC) Ver Sistema nervoso.
Sistema nervoso periférico: (SNP) É constituído pelos nervos e gânglios nervosos. Compõe a rede nervosa responsável pelas ações voluntárias (ou somáticas) e também pelas atividades autônomas (ou viscerais).
Sistema nervoso periférico autônomo (SNPA) Parassimpático: Ramo do sistema nervoso cujas vias nervosas têm gânglios situados longe do sistema nervoso central, perto ou mesmo dentro do órgão inervado (gânglios parassimpáticos). Ver também SNPA Simpático.
Sistema nervoso periférico autônomo (SNPA) Simpático: Ramo do sistema nervoso cujas vias nervosas têm gânglios situados perto do sistema nervoso central (gânglios simpáticos). Ver também SNPA Parassimpático.
Sistema nervoso periférico voluntário: (SNPV ou SNP Somático) Reage a estímulos provenientes do ambiente externo.
Sistema pulmonar: Ver Respiração.
Sistema reprodutor feminino: Compõe-se de órgãos externos ao corpo da mulher (genitália externa ou vulva) e órgãos internos (ovários, trompas de Falópio, útero e vagina).
Sistema reprodutor masculino: Compõe-se da genitália externa (pênis e bolsa escrotal) e órgãos internos (testículos, dutos condutores de espermatozóides e as glândulas acesssórias).
Sistema respiratório: Conjunto de órgãos que promovem as trocas gasosas entre o animal e o ambiente. Os principais órgãos respiratórios animais são as brânquias (respiração aquática) e os pulmões (respiração aérea).
Sistema Rh: Ver Grupo sangüíneo do sistema Rh.
Sistema sensorial: Conjunto de células, tecidos ou órgãos capazes de perceber as condições do ambiente externo e interno do corpo, transmitindo-as ao sistema nervoso. Nos vertebrados, o sistema sensorial é composto por diversos órgãos dos sentidos, como o olho, o ouvido, o epitélio olfativo do nariz etc.
Sistema solar: Conjunto formado pelo Sol e pelos corpos celestes que giram ao seu redor. A Terra é o terceiro planeta do Sistema Solar, em termos de proximidade do Sol.
Sistema tegumentar: (animal) Conjunto constituído pela pele (tegumento) e por diversas estruturas e órgãos associados (pêlos, glândulas, penas, unhas, garras etc.) A pele protege o organismo contra a entrada de invasores e, nas aves e nos mamíferos, contribui para regular a temperatura corporal, mantendo-a constante (homeotermia).
Sístole: Contração das câmaras do coração (sístole auricular e sístole ventricular), com expulsão do sangue, que ocorre durante o ciclo cardíaco. Ver também Diástole e Pressão arterial.
SNP autônomo: Ver Sistema nervoso periférico.
SNP visceral: Ver Sistema nervoso periférico.
Sociedade: Associação de seres de mesma espécie na qual há algum grau de cooperação entre os indivíduos. Ex.: sociedade humana e sociedade das abelhas.
Sol: Estrela amarela, centro do Sistema Solar.
Solução aquosa: É a mistura homogênea de água e de partículas de substâncias dissolvidas, na qual a água é o solvente e as substâncias dissolvidas são os solutos. Ver também Água.
Soluto: É uma substância cujas partículas se encontram homogeneamente espalhadas entre as moléculas de solvente, em uma solução. Uma mistura de glicose e água, por exemplo, forma uma solução aquosa na qual a glicose é o soluto e a água é o solvente. Ver também Solução aquosa.
Solvente: É uma substância que dissolve partículas de outra (soluto), resultando em uma solução, na qual as partículas de soluto se encontram homogeneamente espalhadas entre as partículas de solvente. Uma mistura de glicose e água, por exemplo, forma uma solução aquosa na qual a glicose é o soluto e a água é o solvente. Ver também Solução aquosa.
Somatotrofina: (ou hormônio de crescimento) Hormônio da adenoipófise que promove o crescimento corporal. A produção exagerada desse hormônio provoca o gigantismo, e sua deficiência, o nanismo.
Somito: Cada um dos blocos de mesoderma que se formam na região dorsal dos embriões de vertebrados, lateralmente ao tubo neural.
Soro: (lê-se sôro) Parte líquida do sangue de vertebrados da qual foi removida a fibrina. Os soros imunes são obtidos de animais nos quais foram injetados antígenos. Os anticorpos específicos contra o antígeno, presentes no soro, permitem tratar acidentes causados por picadas de cobras e outros organismos venenosos. Ver também Vacina.
Súber: Camada externa da periderme de caule ou de raiz, formada por células dotadas de grossas paredes, impregnadas de suberina. As células do súber originam-se do felogênio e morrem devido ao acúmulo de suberina que as torna impermeáveis.
Subfilo Vertebrata: Ver Chordata.
Substância orgânica: Denominação dada às substâncias formadas basicamente por carbono e que constituem os seres vivos. Os principais grupos de substâncias orgânicas são glicídios, lipídios, proteínas e ácidos nucléicos. Ver também Teoria da Força Vital.
Substâncias precursoras da vida: Denominação dada a substâncias ricas em carbono, precursoras das substâncias orgânicas atuais. Ainda se tem dúvida sobre quais eram e como teriam se formado essas substâncias precursoras.
Substrato enzimático: Ver Enzima.
Sucessão ecológica: Conjunto de mudanças ordenadas pelas quais passa uma comunidade biológica, rumo ao estágio de clímax. A sucessão é chamada primária quando ocorre em um local nunca antes habitado (uma rocha nua, por exemplo) e secundária quando ocorre em um local anteriormente habitado (um campo de cultivo abandonado, por exemplo).
Suco gástrico: Secreção ácida que contém enzimas digestivas, produzida por glândulas da parede do estômago.
Suco intestinal: (ou suco entérico) Secreção que contém enzimas digestivas, produzida por glândulas da parede do intestino.
Suco pancreático: Secreção alcalina que contém enzimas digestivas, produzida pelo pâncreas e liberada no duodeno.
Sustentabilidade: Conceito segundo o qual o crescimento econômico deve ser regido por políticas capazes de manter os recursos naturais, sem destruir o ambiente.